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Transparência

Claudinho Serra, assessor e empreiteiro foram presos por ‘lavagem’ e organização criminosa

Político do PSDB é apontado pelo Gaeco como chefe de esquema de corrupção em Sidrolândia
Gabriel Maymone -
claudinho serra
Claudinho Serra saiu do prédio em viatura descaracterizada. (Helder Carvalho e Arquivo, Jornal Midiamax)

Equipes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao ) cumpriram, na manhã desta quinta-feira (5), mandados de prisão preventiva contra o ex-vereador de Claudinho Serra (), seu assessor Carmo Name Júnior e o empreiteiro Cleiton Nonato Correia.

Conforme decisão do juiz de , Bruce Henrique dos Santos Bueno Silva, os três são acusados pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Na sentença, o magistrado pontua que a prisão é necessária para ‘garantia da ordem pública’.

Além deles, outras 17 pessoas foram alvo da ação que faz parte da 4ª fase da Operação Tromper, que investiga desvios milionários em contratos de obras em Sidrolândia.

O Gaeco aponta o político do PSDB como o ‘chefe’ do esquema. Ele foi secretário de Fazenda no município, durante gestão da sogra, a ex-prefeita Vanda Camilo.

Confira a lista de alvos, entre mandados de prisão e busca e apreensão:

  • Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho – ex-vereador de Campo Grande, ex-secretário de Fazenda de Sidrolândia e apontado como chefe do esquema;
  • Mariana Camilo Serra – esposa de Claudinho Serra;
  • Arielle Sousa – ex-secretária de Esportes, esposa do vereador Cledinaldo Cotócio (PSDB);
  • Luiz Carlos Alves – ex-secretário de Saúde;
  • Jonas Kachorroski – engenheiro e ex-chefe do setor de planejamento urbano (Deplan);
  • Ivanir Rosane Dischkaln Areco, conhecida como “Baixinha” – diretora de Planejamento;
  • Cezar Pereira de Queiroz – conselheiro tutelar empossado para o mandato 2024–2028;
  • Barbara Fabricio Liçarassa – ex-chefe de compras e licitações da Secretaria de Saúde;
  • Janderson Coimbra – servidor da antiga gestão de Vanda Camilo;
  • Marcus Vinícius Rossentini de Andrade Costa – ex-chefe da Licitação;
  • Thiago Rodrigues Alves – ex-servidor municipal;
  • Carmo Name Júnior – assessor de Claudinho Serra;
  • Cleiton Nonato Corrêa – empresário da GC Obras de Pavimentação Asfáltica (CNPJ 16.907.526/0001-90);
  • Edmilson Rosa (Rosinha) – AR Pavimentação e Sinalização LTDA (CNPJ 28.660.716/0001-34);
  • Vilma Cruz;
  • Willian Guimarães;
  • Godofredo G. Lopes;
  • Lidiane Cunha;
  • Sandra Aparecida;
  • Jéssica Lemes Barbosa;
  • Paulo Gonçalves;
  • Jarhad Carmo.

Prisão de Claudinho Serra

O ex-vereador Claudinho Serra (PSDB) é um dos alvos dos mandados de prisão e de busca e apreensão. Ele foi preso em seu apartamento na manhã desta quinta-feira, em prédio de luxo no Jardim dos Estados, em Campo Grande.

Claudinho chegou a ir para a prisão na 3ª fase, em abril de 2024, ficou 23 dias em reclusão e saiu com tornozeleira eletrônica. Entretanto, a defesa dele, feita pelo advogado Tiago Bunning, alega que não existem motivos para uma nova prisão.

“Está sob monitoramento eletrônico, fazendo uso de tornozeleira desde 26/04/2024, ou seja, há 14 meses. Neste período, não foi comunicada a prática de crime e não houve violação das medidas cautelares. Não existem motivos para nova ordem de prisão”, diz nota.

claudinho serra
Claudinho Serra saiu do prédio em viatura descaracterizada. (Helder Carvalho e Arquivo, Jornal Midiamax)

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4ª fase da Operação Tromper

O MPMS deflagrou a nova fase da operação após investigação descobrir que o esquema criminoso chefiado por Claudinho continuou mesmo após as fases anteriores.

Assim, essa nova etapa visa ao aprofundamento das investigações, que miram em fraudes em licitações e contratos istrativos da Prefeitura de Sidrolândia.

Além disso, são contratos milionários com empresas atuantes no ramo de engenharia e pavimentação asfáltica. Os contratos já identificados e objetos da investigação alcançam o montante aproximado de R$ 20 milhões.

Entretanto, o grupo apurou que a organização criminosa permaneceu ativa mesmo após a deflagração das operações anteriores e a aplicação de medidas cautelares.

Nessa nova fase, foram reunidos diversos elementos que comprovam o pagamento de enormes quantias de propina a agentes públicos. Ainda, os crimes de ocultação e dissimulação da origem ilícita de valores provenientes dos crimes antecedentes também foram descobertos.

As novas ‘batidas’ do braço investigativo do MP acontecem dois anos após a Tromper; ou seja, de lá para cá, foram três fases da operação, que revelou esquema de desvios milionários em contratos públicos na Prefeitura de Sidrolândia.

Claudinho Serra ocupou cargo de secretário de Fazenda, durante a gestão da sogra, a ex-prefeita Vanda Camilo. Faziam parte do grupo empresários e servidores, além do político.

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Prefeitura de Sidrolândia. (Arquivo, Jornal Midiamax)

Claudinho Serra comandou esquema de corrupção

O parlamentar é, também, ex-secretário de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia e está implicado nas investigações da 3ª fase da Operação Tromper, deflagrada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), com apoio do Gaeco.

Claudinho Serra e outros 22 viraram réus, em 19 de abril, após o juiz da Vara Criminal da comarca de Sidrolândia, Fernando Moreira Freitas da Silva, aceitar a denúncia apresentada pelo MPMS.

Assim, investigações do Gecoc e delação premiada do ex-servidor Tiago Basso da Silva apontam supostas fraudes em diferentes setores da Prefeitura de Sidrolândia, como no Cemitério Municipal, na Fundação Indígenaabastecimento da frota de veículos e rees para Serra feitos por empresáriosOs valores variaram de 10% a 30% do valor do contrato, a depender do tipo de “mesada”. 

Operação Tromper e fraudes em Sidrolândia

O esquema de sobre licitações da Prefeitura de Sidrolândia envolve empresários da cidade que fraudavam documentos das empresas concorrentes, para garantir que seriam as contratadas. Mesmo assim, sem estrutura, essas empresas terceirizavam os serviços pelos quais receberam milhões de reais do dinheiro público.

Conforme a peça que embasou a operação, o esquema de corrupção teria se iniciado em 2017. Desta forma, os empresários aproveitavam os CNPJs para participar das licitações, mesmo sem qualquer tipo de experiência, estrutura ou capacidade para executarem os serviços ou fornecimento nos contratos firmados.

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