A Polícia Civil, através da Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), deve vistoriar o portão da casa de Sophie Emanuelle Viana Rochete, de 5 anos, que morreu em decorrência de hemorragia subaracnoide, que significa uma hemorragia cerebral, como também de fratura parietal direita, e de um acúmulo de sangue entre as camadas externas das meninges e do cérebro, segundo a certidão de óbito.
A tia de Sophie disse ao Jornal Midiamax que a polícia deve ir até a casa da mãe da menina para fazer uma vistoria no portão, nesta quinta-feira (5). Ainda segunda tia, a mãe de Sophie deve prestar depoimento posteriormente.
A morte da criança foi registrada na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) do Cepol, sendo que a DEPCA investigará o caso que segue em sigilo. Conforme a tia de Sophie, nenhum familiar ainda foi chamado para ser ouvido na especializada.
Atendimento de Sophie
Quando foi registrar o boletim de ocorrência pela morte da filha, o pai da menina disse que, logo após o acidente doméstico, quando o portão se soltou do trilho e acabou caindo em cima da cabeça de Sophie, ela foi levada imediatamente à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida, sendo que, depois, foi encaminhada para a Santa Casa.
No hospital, foi realizado exame de raio x, sem que submetessem a menina a uma tomografia, liberando-a em seguida. Nas recomendações médicas dadas à família, estava: que não havia evidências que indicassem que o trauma cranioencefálico era grave, mas que sintomas poderiam aparecer nas próximas 24 horas, como:
- Dor de cabeça forte;
- Náuseas ou vômitos;
- Convulsão ou espasmos;
- Confusão ou comportamento estranho;
- Pulso muito lento ou rápido;
- Fraqueza ou perda de sensibilidade nos braços ou nas pernas.
Caso a menina apresentasse um dos sintomas, a família deveria retornar com a criança ao hospital.
Após a morte de Sophie, a família solicitou exame necroscópico e a investigação do caso.

Últimas horas de Sophie
Dentro da Santa Casa, Sophie não largou a mão da mãe em momento algum. Mas, com o ar das horas, o agravamento da situação e sofrimento da criança começaram a ficar insustentáveis.
Na quinta-feira (28), o estado de saúde dela piorou e o sangramento na cabeça ou a ficar mais intenso. “Por volta das cinco e pouquinho da manhã, ela acordou e falou para mim assim, mãe, está escorrendo. Eu falei, o que está escorrendo, filhinha? Eu levantei, acendi de luz do quarto e olhei. Estava com muito, eu não sei dizer se era sangue, o que era. Estava saindo muito, que a toalha que estava embaixo da cabeça dela estava completamente encharcada”, relata a mãe de Sophie.
No período da tarde, o pescoço da menina já estava todo inchado e ela não conseguia mais falar. Foi só aí que outra médica orientou a levar, com urgência, a criança para ala de emergência.
“Por volta das 18h40 foi que Sophie subiu para ala de emergência e pouco tempo depois o médico avisou que ela teve uma parada cardíaca, mas conseguiram reanimar. O problema é que seu quadro já era grave neste momento e o coração funcionava por conta da medicação”, contou a mãe.
Sophie chegou a ir para cirurgia, mas não resistiu a uma segunda parada cardíaca e morreu, por volta das 21h de quinta-feira (29). “Todo mundo tem família. Então, não é só a pessoa que vai partir, que sofreu ali. Tem a família que fica, que vai estar enlutada para sempre”, disse Vailza Costa Viana, tia de Sophie.
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