Desde o Império a diplomacia brasileira gozou de prestígio internacional. Com quadros de excelência, a orientação de bom senso e a independência foram as bases da inquestionável relevância. Já na República foi a gestão do Barão do Rio Branco – que nunca deixou de usar o título recebido do Imperador – que definiu as linhas das boas relações no Prata e com Washington e a fuga de alinhamento com questões que não nos digam respeito diretamente.
Assim sempre foi, e mesmo ao entrar na guerra, Getúlio Vargas, bem assessorado, o fez na hora certa, no lado certo e com amplo respaldo interno.
Exemplos a serem lembrados foram os titulares do Ministério das Relações Exteriores; no Império, com os marqueses de Olinda, Paranaguá, Abrantes e Visconde do Rio Branco – pai –, e na República, Domício da Gama, Félix Pacheco, Afrânio Melo Franco, Vicente Rao, Negrão de Lima, Magalhães Pinto, Saraiva Guerreiro, Luiz Felipe Lampreia – filho e neto de embaixadores – e Oswaldo Aranha, que também foi embaixador nos EUA e na ONU. Isso sem falar no time de notáveis diplomatas de carreira, como os Thompson Flores, pai, filhos e netos – Antônio Corrêa do Lago, pai do presidente da COP 30, André Corrêa do Lago, Luiz de Souza Dantas, Carlos Martins, e Marcos Azambuja, que, aos 90 anos, ainda é uma referência procurada pelas mídias para opinar sobre acontecimentos internacionais.
Essa história aumenta a tristeza dos que conhecem o patrimônio que está sendo demolido por inspirações menores. O Brasil hoje é parceiro de países párias como Venezuela, Cuba, Nicaragua e algumas ditaduras africanas. E com direito a fotografia……
Na questão de Israel, o país foi atacado com requintes de crueldade, tem cidadãos presos como reféns, nunca agrediu nenhuma nação, mas sabe se defender, até por questão de sobrevivência. As 53 mil mortes de palestinos em Gaza devem ser debitadas aos terroristas e seus defensores, pela ação ou omissão, pois, devolvidos os reféns e feito o cessar-fogo, nem um tiro será dado. Os bárbaros modernos usam da população civil de escudo. Sua arma, mais poderosa tem sido as narrativas.
Na Ucrânia, a mesma coisa. O país foi invadido, agredido, a Rússia quer anexar um país independente e integrado na democracia e no progresso. Uma ação covarde, usando até de mercenários para sua ação. Nada justifica simpatias pela postura do regime russo. A condenação é comum nas nações livres e tradicionais aliados do Brasil. Ou seja, outro vexame. E sem benéficos para nós. A Rússia é que tem que nos ser grata por sermos os maiores compradores de seu diesel, em valor que ronda os dez bilhões de dólares.
E sobrevive na cabeça de nossos esquerdistas o sentimento antiamericano dos anos da guerra fria. Que Republica!