Pular para o conteúdo
Consumidor

Dívida antiga ‘caduca’? Saiba o que realmente acontece após 5 anos de inadimplência

Muitas pessoas acreditam que, após 5 anos, a dívida desapareceria automaticamente, deixando de ser cobrada
Osvaldo Sato -
Após cinco anos, credor perde o direito de cobrar a dívida judicialmente (Foto: Ilustrativa, Freepik)

Muitas pessoas acreditam que, após 5 anos, uma dívida ‘caduca’ ou desaparece automaticamente, deixando de ser cobrada. Mas será que essa ideia é real? O que acontece quando uma pessoa deixa de pagar uma dívida e se a esse tempo?

A realidade não é bem assim. Embora a dívida não desapareça, há aspectos importantes a entender sobre os prazos e direitos relacionados à cobrança de débitos.

O uso do termo “prescrição” ocorre no Direito para descrever o prazo após o qual uma pessoa perde o direito de reivindicar judicialmente uma dívida. Em outras palavras, após 5 anos de , o credor perde o direito de cobrar a dívida judicialmente, ou seja, não pode mais entrar com uma ação para exigir o pagamento. No entanto, isso não significa que a dívida simplesmente “desaparece” ou “cai no esquecimento”.

O Dr. Marcos Rocha, especialista e atuante na área Cível, na cidade de , explica que “após cinco anos, a parte credora perde o direito de cobrar judicialmente, mas a dívida continua existindo e pode, eventualmente, constar nos históricos financeiros da pessoa que estava devendo”. Ou seja, a dívida continua a existir, mas o credor não pode mais buscar um processo legal para cobrar o valor devido.

Negativação do nome tem limite de cinco anos

Outro ponto importante está relacionado ao tempo em que uma pessoa pode ter o nome registrado nos cadastros de inadimplentes, como SPC e Serasa. A negativação, que é o registro da dívida em órgãos de proteção ao crédito, tem um prazo máximo de 5 anos. Após esse período, o nome da pessoa não pode mais ficar inscrito nos cadastros de inadimplentes, independentemente de ainda existir a dívida. Isso está garantido pela Súmula 323 do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que estabelece que “ninguém pode ter seu nome mantido nos órgãos de proteção ao crédito por mais de cinco anos”.

Rocha explica que existem dois prazos distintos. “Um é o prazo de prescrição da cobrança judicial da dívida, que também é de cinco anos. O outro é o prazo de negativação, que também não pode exceder os cinco anos”, afirma. Portanto, enquanto o prazo para que o credor cobre a dívida judicialmente é de 5 anos, o prazo para a manutenção da negativação nos órgãos de crédito também é de 5 anos.

O que isso significa para o devedor?

Mesmo que, após 5 anos, a pessoa não possa mais ser cobrada judicialmente e seu nome seja retirado dos cadastros de inadimplentes, a dívida continua existindo no histórico financeiro. Isso pode afetar futuras transações de crédito ou empréstimos, embora não seja mais possível que o credor busque judicialmente o pagamento.

Em resumo, a ideia de que a dívida “cai” após 5 anos é um mito. O que acontece é que o direito de cobrar judicialmente prescreve, mas a dívida ainda existe, e o nome do devedor pode ter sido negativado por até 5 anos.

💬 Receba notícias antes de todo mundo

Seja o primeiro a saber de tudo o que acontece nas cidades de Mato Grosso do Sul. São notícias em tempo real com informações detalhadas dos casos policiais, tempo em MS, trânsito, vagas de emprego e concursos, direitos do consumidor. Além disso, você fica por dentro das últimas novidades sobre política, transparência e escândalos.
📢 Participe da nossa comunidade no WhatsApp e acompanhe a cobertura jornalística mais completa e mais rápida de Mato Grosso do Sul.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Polícia procura por capataz que ateou fogo em mulher que está em estado grave

Criatividade com ‘uber de cavalos’ faz Midiamax levar 2° lugar no prêmio SRCG de jornalismo

Caminhoneiro morre prensado na cabine em acidente na BR-163

Portabilidade de contrato antigo para consignado CLT começa a valer

Notícias mais lidas agora

Consórcio Guaicurus tenta reduzir multa de R$ 150 mil por ônibus lotados na pandemia

ccr km perigoso br-163

Após aumento de pedágio, ANTT homologa Motiva como vencedora do leilão da BR-163

Gaeco inclui filha de Vanda Camilo em lista de alvos por escândalo de corrupção

Mulher tem o corpo incendiado por capataz em fazenda no Pantanal

Últimas Notícias

Polícia

Moradores de MS são presos com 90 quilos de cocaína no PR

O motorista relatou que havia sido contratado para transportar a droga de Naviraí (MS) até Teodoro Sampaio (SP)

Esportes

CBF anuncia filho de Ancelotti para integrar comissão técnica da seleção brasileira

Anúncio foi feito pela CBF em comunicado nesta sexta-feira

Trânsito

VÍDEO: ultraagem em local proibido termina com duas mortes no PR

O momento da colisão foi registrado por motorista de caminhão que transitava próximo

Brasil

Gripe aviária: cai para 10 número de casos investigados; nenhum é em granja comercial

O Brasil já confirmou 171 casos de influenza aviária